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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Cemitério

Terra vasculhada, avermelhada e seca,
Pedregosa de pobreza e sem vegetação...
Guarda os corpos de pessoas a se desmanchar,
Ardente de pisar, mais que a de um vulcão!

Julga o ser humano, quando por ela passa,
Estreitado como sempre pelo muro errôneo,
Que por ali as trevas flutuam, vagam,
Atraindo para os vivos espíritos imundos.

De tudo uma pode ser verdade:
As lendas urbanas ou o espiritismo...
Esse lugar soturno e impregnado de víboras
Não conhecerá nunca o olhar divino?!

Os beatos sempre marcham com seus lamentos
Para deixarem largados os corpos sarnentos
Nas sepulturas que esperarão por eles um dia;

As almas ociosas sentadas no muro
Observam, formam platéia acima dos túmulos
Para zombarem e rirem dos seus defuntos.

Luíz Carlos de Almeida

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