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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Jardim Assombrado II


Que bom que você esta aqui
Pensei que não iria aparecer
Que seria de mim sem você.

Posso pelo menos sorrir.

Como você esta linda
Iluminando a escuridão
E os meus passos nesse chão
Onde triste vago ainda.

Ando nesse imundo jardim,
Neste lugar grande e sem fim
Onde todos estão sofrendo
Por não mais estarem vivendo.

Ouço o som dos gritos,
Um som que dói bastante.
Todos os lados são fonte
Desses gritos e gemidos.

Ando na estrada longa
Com passos curtos todos os dias
Junto de uma alta tonta
Com destino de ser companhia.

Sorte minha tê-la do meu lado.
Ela foi um presente dado
Para não viver em solidão, Neste mundo da escuridão.

Mossoró/RN, 16 de Fevereiro de 2008.
A. D. Hion John.



DownLoad: Dragrão Vermelho

Nome da Obra: Dragão Vermelho
Autor: Thomas Harris
Formato do Arquivo: .doc


sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Maldita - Matéria no Jornal Hoje - Globo



Detalhe: Maldita brevemente estará em natal

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Ato Dois

Senti a sua falta,
Nessa noite fria e calma.
Quero por mais uma vez lhe ter,
Possuir-lhe e ter prazer.

Como você esta linda!
Sua pele me fascina,
Seu corpo gelado me provoca
Sensações que me devora.

A sua morte me incita.

Lembro do seu corpo sangrando,
Lembro por causa das dores você gritando
E eu olhando esperando você morrer,
Só na morte você me daria prazer.

Que pena que o tempo esta a lhe consumir.

O teu corpo se degrada,
Os pássaros negros se alimentam
Da carne podre que esta sendo gerada.

Hoje realizo as minhas vontades,
Apreciando a noite e um cadáver,
De uma mulher adorável,
Que sonhava com a liberdade.

Mossoró/RN, 18 de Setembro de 2009.
A. D. Hion John.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Hannibal

Dados:
  • Nome da Obra: Hannibal 
  • Autor: Thomas Harris 
  • Formato do Arquivo: .doc                         



Um dos melhores livros que já li nessa minha vida...

M. I.

Não sei se és feia ou bonita,                            
Segundo as regras da arte;                               
Sei, sim, que gosto de ver-te,                           
Que gosto até de estudar-te.                             
                                                          
Nas faces sedosas tuas                                   
Não brilha o rubor das rosas,                            
Retinge-as a palidez                                     
Das compleições biliosas.                                
                                                           
Estranhas cintilações                                    
Mordentes, frias, geladas                                
Tens nos olhos baços, vítreos,                           
Azuis, da cor das espadas.                               
                                                          
Teu lábio, sempre agitado                                
De leve tremor nervoso                                   
Parece ressumar sangue                                   
Com sede infrene de gozo.                                
                                                           
Contorce-te as mãos pequenas                             
Espasmo fabricitante                                     
Tem não sei quê de felino                                
Teu breve corpo ondulante...                             
                                                           
Queres então que eu te diga                              
Meu sentir quando te vejo ?                              
Amor não te tenho não;                                   
Porém morde-me o desejo.



Texto retirado do livro "A Carne", de Júlio Ribeiro

Boas lembranças, não é conhecidos messienses e viventes da Casa do Estudande de Mossoró

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Recolham as Flores

Recentemente vagando no mundo da web, tentando passar o meu tédio, encontrei lindos versos de uma pessoas que se denominava "Anjo da Noite", segue o poema:


Recolham as Flores


Recolham estas flores negras do jardim do inferno,
Flores regadas com minhas lágrimas, de sofrimento eterno.
Flores sombrias, e cheias de espinhos.
Flores que plantei quando sofria sozinha.
Flores frágeis mais de caule forte.
Flores amargas com perfume de morte!
Recolham estas flores tão tristes e letais,
Que ouviram minhas dores e agora não ouvirão mais.
Recolham estas flores, de aparência sombria e pura.
Recolham todas elas,
E depositem em minha sepultura!


Anjo da Noite

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Embriaguem-se

É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.


Charles Baudelaire

--> Sabias são as palavras que aqui foram discritas por Baudelaire. Essa palavras me fazem lembra de de meu amigo "Luis Carlos".
--> By Luis Carlos

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

DownLoad: O Gato Preto - Edgar Allan Poe

Não espero nem peço que se dê crédito à história sumamente extraordinária e, no entanto, bastante doméstica que vou narrar. Louco seria eu se esperasse tal coisa, tratando-se de um caso que os meus próprios sentidos se negam a aceitar. Não obstante, não estou louco e, com toda a certeza, não sonho. Mas amanhã posso morrer e, por isso, gostaria, hoje, de aliviar o meu espírito. Meu propósito imediato é apresentar ao mundo, clara e sucintamente, mas sem comentários, uma série de simples acontecimentos domésticos. Devido a suas conseqüências, tais acontecimentos me aterrorizaram, torturaram e destruíram.


(...)


Nessa altura, movido por pura e frenética fanfarronada, bati com força, com a bengala que tinha na mão, justamente na parte da parede atrás da qual se achava o corpo da esposa de meu coração.




segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Nightwish "The Phantom Of The Opera" with lyrics

Gêmeas

Nascem crianças mortas
Nesse dia de loucuras
E são fechadas as portas
Para essas almas puras.

Elas nunca gritaram
E nem respiram irão,
Pois cadáveres já são,
Juntos em mesmo caixão.

O caixão é de papelão.
A mãe não sente a dor da emoção
De vê as crianças juntas enterradas,
Para todo sempre abraçadas.

São enterradas no maldito terreno
Em um túmulo pequeno
Para serem pó e desaparecerem
E um dia a sociedade às esquecerem.


Mossoró/RN, 12 de dezembro de 2009.
A. D. Hion John.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

DownLoad: Poemas Malditos - Álvares de Azevedo

Nome da Obra: Poemas Malditos
Autor: Álvares de Azevedo
Formato do Arquivo: .pdf



quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fudêncio e seus amigos - O Cemitério da Escola parte 1

Fudêncio e seus amigos - O Cemitério da Escola parte 2

Frase...

“Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos.... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”

Isso é uma verdade suprema... Pena que não sei a autoria, mas esta de parabéns...
Essa frase encontrei no blog de Pôla Pinto

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sisters Of Mercy - Marian

DownLoad: Poemas Irônicos, Venenosos e Sarcásticos - Álvares de Azevedo

Dados:
  • Título: Poemas Irônicos, Venenosos e Sarcásticos
  • Autor: Álvares de Azevedo
  • Formato: .pdf
  • Tamanho: 213,5 kbits

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A noiva desfez o lenço vermelho,
Cobre o cadáver enforcado da criança,
Acaricia o puro ressentimento e chora,
Está sozinha novamente devorando a noite.

Pele de veludo sangra em fluxos constantes de tristeza,
Cabelos caídos acumulam-se no chão, ele se vê no espelho
Nenhum som na rua, nenhuma luz na janela aberta
A carruagem funerária está atrasada.

Uma parede tombou revelando alicerces mal feitos,
Um rato grande e cinzento avançou junto a mesa posta,
Olhos brilhantes de sombra passaram em um suposto golpe de vista
Mas o espectro caminhou,sumiu atravessando o vão da sala.

O guincho do sacolejante caixão,
Range o portão de ferro e grades feito o grito lancinante de extertor maligno,
Eles passam conservando a expressão rotineira, com a rigidez necessária,
Mas a noiva desaba após tornar-se pó e desparecer com o vento frio.


By Anônimo...

DownLoad: Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo

A obra foi escrita em 1878. São contos fantásticos, macabros. Numa taverna, em noite escura de tormenta, entre mundanas bêbadas e adormecidas, jovens boêmios (Solfieri, Johann, Gennaro, Bertran, Hermann e Arnold) resolvem, por desafio, contar casos verdadeiros e escabrosos que tivessem vivido. O livro compõe-se dessas narrativas, e é o que de melhor a literatura brasileira possui no gênero fantástico, que tinha em Hoffmann seu modelo e em Edgar Allan Poe um verdadeiro gênio do terror.
 

  • Nome da Obra: Noite na Taverna
  • Autor: Álvares de Azevedo
  • Formato do Arquivo: .rtf
 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Eldorado - Edgar Allan Poe

Gentil, faceiro,
um cavaleiro,
sob sol e sombreado,
seguiu avante,
cantarolante,
em busca do Eldorado.

Mas o andarilho
ficou tão velho,
no âmago assombrado,
por não achar
nenhum lugar
assim como Eldorado.

E, enfim diante
de sombra errante,
parou, quando esgotado -
e arguiu-lhe "onde,
sombra, se esconde
a terra de Eldorado?"

"Sobre as montanhas
da lua e entranhas
do Vale Mal-Assombrado,
vá com coragem,"
disse a miragem, -
"se procuras o Eldorado".


Edgar Allan Poe

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Convite à Viagem

Minha doce irmã,
Pensa na manhã
Em que iremos, numa viagem,
Amar a valer,
Amar e morrer
No país que é a tua imagem!
Os sóis orvalhados
Desses céus nublados
Para mim guardam o encanto
Misterioso e cruel
Desse olhar infiel
Brilhando através do pranto.

Lá, tudo é paz e rigor,
Luxo, beleza e langor.

Os móveis polidos,
Pelos tempos idos,
Decorariam o ambiente;
As mais raras flores
Misturando odores
A um âmbar fluido e envolvente,

Tetos inauditos,
Cristais infinitos,
Toda uma pompa oriental,
Tudo aí à alma
Falaria em calma
Seu doce idioma natal.

Lá, tudo é paz e rigor,
Luxo, beleza e langor.

Vê sobre os canais
Dormir junto aos cais
Barcos de humor vagabundo;
É para atender
Teu menor prazer
Que eles vêm do fim do mundo.
— Os sangüíneos poentes
Banham as vertentes,
Os canis, toda a cidade,
E em seu ouro os tece;
O mundo adormece
Na tépida luz que o invade.

Lá, tudo é paz e rigor,
Luxo, beleza e langor.


Charles Baudelaire 

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sexta-Feira, 20 de Novembro de 2009

Gostaria de lhe dar flores
De diversas cores
Para lhe agradar
Para você me amar.

Mas não,
É em vão!

Hoje o ódio predomina
Nos olhos da minha menina.
Triste para mim
Vê você assim.

Sinto a dor da tortura
Não passo de mortal criatura.

Vago em uma rua vazia
Após triste dia.
Sonhando acordado
Com você do meu lado.

Sonho em lhe ter,
Mas não irei poder.

O tempo esta passando
Como se estivesse voando.
Gostaria de fazer o tempo voltar,
Mas o que posso é desejar.

O passado é de boas lembranças,
Não voltaremos a ser crianças.

Sinto que a cada dia
Você esta se distanciando
Como um pássaro voando
E me deixando em agonia.

Oh, querida Andressa!
Só lhe peço que não me esqueça.


Mossoró/RN, 20 de Novembro de 2009.
A. D. Hion John


Calabouços & Dragões

Você esta presos na prisão
Onde não há mais chave.
Alimentada pela sua ilusão
De para casa um dia voltar.

Sente falta de seu mundo
É o único sonho que cabe.
Ele fala, vá para o poço profundo,
Dizendo que lá irá se libertar.

Arqueiro! Olhe para o lado,
Você nem se quer sabe
Que o inimigo não é o de cavalo alado
O inimigo é o que está a lhe guiar.

Essa é a prisão dos Dragões.
Onde a correnteza do rio sobe,
Mundo desenhado pelos vulcões,
Onde nasceu aquele que lhe controlar.

Não tente, não adianta
Nunca voltará antes do dia acabe.
Ouça o dragão que canta
É a melodia que resta para sonhar.

Vá homem nobre dormir,
Não importará o que lhe fale
Você nunca poderá sair
Desta prisão, que é seu novo lá.


Messias Targino/RN, 19 de Janeiro de 2008.
A. D. Hion John


domingo, 29 de novembro de 2009

Correntes...

Estou preso em meu quarto
Ouvindo canções vindo do alto
Triste e de uma eterna beleza
E que me gera tristeza.

Quero voar pela janela,
Mas estou acorrentado.
Sou um ser não mais alado,
Preso olhando para uma vela.

Meu quarto é iluminado pela chama.
Graças a ela posso vê as paredes e minha sombra.

Minha sombra é minha única companhia
Desde à muitos dias.

As correntes, não consigo vê,
Mas sei que estão aqui
Já que não mim deixam ir
Em busca do meu prazer.

Mossoró/RN, 14 de Julho de 2007.
A. D. Hion John.

Download: Marcário, Álvares de Azevedo

De difícil classificação quanto ao gênero, oscila entre o teatro, o diário íntimo e a narrativa (composição livre, meio diálogo, meio narração), que se estabelece através do diálogo entre Satã e Penseroso, tendo por centro os vícios e desatinos da cidade grande. Macário narra a saga de um jovem que viaja à cidade a estudos e, em uma de suas paradas pelo caminho, faz amizade com um estranho que se trata de ninguém menos que o Satã em pessoa.


  • Nome da Obra: Macário
  • Autor: Álvares de Azevedo
  • Formato do Arquivo: .rtf

 

Download: The Sisters of Mercy - Floodland




2° Album do The Sirters of Mercy, lançado em 13 de Novembro de 1987.

Faixas
Lado A
  1. "Dominion" / "Mother Russia" (7:02);
  2. "Flood I" (6:21);
  3. "Lucretia My Reflection" (4:56);
  4. "1959" (4:09).

Lado B
  1. "This Corrosion" (9:17)
  2. "Flood II" (6:16);
  3. "Driven Like The Snow" (4:40);
  4. "Neverland (A Fragment)" (2:46).

*Todas as faixas foram compostas por Andrew Eldritch

Faixas bônus (na edição em CD)
  • Torch (3:51);
  • Colours (7:18).

Ficha técnica
  • Andrew Eldritch - vocal, teclado, guitarra;
  • Patricia Morrison - baixo;
  • Doktor Avalanche - máquina de bateria e percussão;
  • New York Choral Society - coro na faixa "This Corrosion";
  • Holly sherwood, Curtis King, Brenda King, Tawatha Agee, Geena Taylor, Vanese Thomas - contracanto na faixa "This Corrosion"


sábado, 28 de novembro de 2009

Maldita - Seu Deus (Acesso MTV ao vivo)

Maldita - Anatomia

Ato Um...



O sangue jogado no chão,
O corpo esta no relento
Feito nuvens ao vento
Como um solitário trovão.


Esfaqueado na noite de terça
Encontrado na sexta.
Um sabor gostoso,
Um cheiro tenebroso.


O sol já estava indo.
Eu Tocava a pele macia
E imaginava a agonia,
No momento dessa vida caindo.


Com meus lábios toquei no rosto sujo,
Os olhos parados e duros,
Olhando sem brilho algum,
Para mim o mortal nada comum.


Senti prazer em tocar aquele corpo imundo,
Foram prazeres que marcaram cada segundos.
Deitei aquele que cheirava forte,
Que matei por não cumprir a minha sorte.




A. D. Hion John
Mossoró/RN, 12 de Setembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Noite na Taverna - Álvares de Azevedo

Noite na Taverna é uma obra de Álvares de Azevedo publicada postumamente no ano de 1855 em uma coletânea de textos do autor em dois volumes. De tons trágicos e cheia de fantasia, a obra é uma autêntica representante da escola byroniana do Romantismo  no Brasil.

O livro está dividido em sete capítulos. O primeiro capítulo faz uma introdução, traça o cenário (uma taverna) e apresenta os personagens. O último finaliza a história anterior e o livro simultaneamente, dando um caráter de realidade às histórias narradas pelas cinco personagens. O diálogo inicial entre Satã e Macário, que é o final de outro livro de Álvares de Azevedo, Macário, demonstra que o que se vai ler é algo cheio de vícios. Além disso, uma característica da obra é a visão idealizada do amor, pois só o amor seria capaz de corrigir todos os males.

Reunidos em uma taverna, as personagens, descrentes com a vida e o amor, cheios de vícios e amantes do vinho, definem-se como libertinos, admiram Don Juan e contam "histórias sanguinolentas" envolvendo o amor e crimes do passado, todas com fim trágico. Representação de que o amor e a vida não valeria.

O livro é composto por três básicas características:

  • Amor: histórias macabras de paixões que não deram certo.
  • Morte: crime e violência. Em todos os capítulos há o tema da morte por amor.
  • Bebida: ao se lembrarem das dolorosas lembranças, as personagens vão se embriagando; com isso parte de sua dor é suavizada.

Citação: "É preferível morrer por amor que viver sem ele."



 


Fontes: 

Locutor fúnebre anuncia a própria morte no interior de SP

Locutor de anúncios fúnebres em Nova Europa, a 317 km de São Paulo, um homem de 91 anos deixou gravado o anuncio da própria morte e o convite para o velório. No alto falante, em plena praça central da cidade, Nelson Fortunato repetiu o que fez a vida inteira.

Ele leu em voz alta: "Nota de falecimento. Estou anunciando o meu falecimento. Falecimento: Nelson Fortunato, vosso comunicador falante. Como foi gravado antes da minha morte, não tem a hora do enterro, mas é importante que todos saibam que eu morri."

A confirmação da morte ocorreu logo após a gravação do anúncio. Fortunato morreu em decorrência de uma pneumonia. O locutor oficial de anúncios fúnebres foi irreverente: deixou o próprio obituário pronto. Funcionário público, vereador, era ele quem projetava os filmes nos três cinemas que a cidade teve. O velório ficou cheio.
 
Fonte: G1

Macário, de Álvares de Azevedo

De difícil classificação quanto ao gênero, oscila entre o teatro, o diário íntimo e a narrativa (composição livre, meio diálogo, meio narração), que se estabelece através do diálogo entre Satã e Penseroso, tendo por centro os vícios e desatinos da cidade grande. Macário narra a saga de um jovem que viaja à cidade a estudos e, em uma de suas paradas pelo caminho, faz amizade com um estranho que se trata de ninguém menos que o Satã em pessoa.

A cidade descrita é São Paulo, que Álvares de Azevedo não perde oportunidade para criticar. Assim, ela é habitada por mulheres, padres, soldados e estudantes - lascivas as primeiras, dissolutos os segundos, ébrios os terceiros e vadios os últimos. Isto é: a terra é devassa como uma cidade, insípida como uma vila e pobre como uma aldeia. Mesmo as calçadas não escapam à tábula rasa, pois são intransitáveis e têm pedras que parecem encastoadas - as calçadas do inferno são mil vezes melhores.

Macário, talvez a obra-prima de Álvares de Azevedo, é um drama que se passa em dois episódios.

No primeiro, o jovem estudante Macário chega numa taverna para passar a noite e começa a conversar com um estranho. O estranho revela ser Satã e leva-lhe a uma cidade (possivelmente São Paulo, não fica claro, mas a referência está lá) de devassidão, povoada por prostitutas e estudantes, onde Macário tem uma alucinação envolvendo sua mãe. Macário então acorda na pensão e a atendente reclama que ele dormiu comendo. Ele acha que foi tudo um sonho, mas ambos vêem pegadas de pés de cabra queimadas no chão.

No segundo episódio, passado na Itália, Macário e outros estudantes aparecem em cena, confusos, deprimidos e em busca do amor puro e virginal. Seu amigo Penseroso acaba matando-se por amor enquanto Macário está bêbado. A peça acaba com Macário sendo levado por Satã a uma orgia em um bar, algo remanescente de Noite na Taverna.

Macário é uma obra feita mais para a leitura do que para a representação, com duas partes diferentes enquanto estrutura e qualidade, sendo a primeira melhor e uma das mais altas realizações de Álvares de Azevedo.

A ação desta primeira parte decorre toda à noite, salvo a breve cena final, e é organizada em cinco cenas (embora o Autor só especifique quatro) vivas e bem construídas, distribuindo em réplicas curtas, não raro humorísticas, um debate moral e psicológico muito denso, desenvolvido com excelente articulação.

Assim, a ponta do fim engata na do começo, fechando o círculo como os dois únicos momentos de realidade indiscutível. O espaço inscrito é marcado por uma dubiedade de significado que talvez indique a estrutura profunda do drama, construído sobre a reversibilidade entre sonhado e real, vacilante terreno onde, quando pensamos estar num, estamos no outro.




Fonte:

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O termo gótico na cultura

O termo gótico (do alemão: goth ou inglês gothic) foi usado através dos séculos sob vários significados, às vezes sem ligação alguma. Em algum momento histórico ele pode ter designado certo povo bárbaro que veio a invadir o império romano, mas não devemos nos apegar a isso para não confundir o leitor, pois com o passar do tempo, o termo ganhou significados diferentes. A palavra agrega sentidos que lembram: vitoriano, medieval, onírico, sombrio, assustador, fantasmagórico, macabro, amedrontador, etc.

O uso do termo 'gótico', desvinculado de seu significado original, surgiu quase que ironicamente, no início da década de 80. A mídia de massa ao entrevistar integrantes das diversas bandas relacionadas à subcultura que começava a surgir, como seria classificada a atmosfera de suas músicas, por vezes recebia respostas semelhantes a: 'de temática sombria e soturna, 'gótica. Na metade da década de 80 o estilo já havia se disseminado por vários outros países (incluindo o Brasil) e o termo acabou por ir junto com ele e até hoje é usado para denominar a cultura.



Texto: Wikipedia

Lara

Uma mulher magra
Com pele Clara
Que me chama atenção
No meio da escuridão.


Ela esta dançando
Como sem nada lhe observando
Ao barrulho da rua,
Totalmente nua.


A vejo refletida nos espelhos
Com sua pele clara esposta,
Seus seios lindos em amostra
E com seus lábis carnudos vermelhos.


É um momento diferente,
Sinto o prazer no presente
Vendo uma mulher clara
A qual, chamo de Lara.

Mossoró/RN, 25 de Novembro de 2009
A. D. Hion John

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Remorso Póstumo

Quando fores dormir, ó bela tenebrosa
Em fundo de uma cripta em mármore lavrada
Quando tiveres só por alcova e morada
O vazio abismal de carneira chuvosa;

Quando a pedra, a oprimir tua fronte medrosa
E teus flancos a arfar de exaustão encantada,
Mudar teu coração numa furna calada
Amarrando-te os pés na rota aventurosa,

A tumba, confidente do sonho infinito
(Pois toda a vida a tumba há de entender o poeta),
Pela noite imortal de que o sono é prescrito,

Te dirá: "De que serve, hetaira incompleta,
Não teres conhecido o que choram os mortos?"
E os vermes te roerão assim como os remorsos.


Charles Baudelaire

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Download: Lira de Vinte Anos - Álvares de Azevedo

Obra mais conhecida do poeta ultrarromântico Álvares de Azevedo, contém criações vinculadas a duas vertentes bem definidas: de um lado, temas sentimentais e abstratos; de outro, a forte presença do sarcasmo e da ironia.



quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Charles-Pierre Baudelaire




Charles-Pierre Baudelaire (Paris, 9 de Abril de 1821 — Paris, 31 de Agosto de 1867) foi um poeta e teórico da arte francês. É considerado um dos precursores do Simbolismo, embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas. Sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX.

Nasceu em Paris a 9 de abril de 1821. Estudou no Colégio Real de Lyon e Colégio Louis-Le-Grand (de onde foi expulso por não querer mostrar um bilhete que lhe foi passado por um colega).

Em 1840 foi enviado pelo padrasto, preocupado com sua vida desregrada, à Índia, mas nunca chegou ao destino. Pára na ilha da Reunião e retorna a Paris. Atingindo a maioridade, ganha posse da herança do pai. Por dois anos vive entre drogas e álcool na companhia da mulata Jeanne Duval. Em 1844 sua mãe entra na justiça, acusando-o de pródigo, e então sua fortuna torna-se controlada por um notário.

Em 1857 é lançado As flores do mal contendo 100 poemas. O livro é acusado no mesmo ano, pelo poder público, de ultrajar a moral pública. Os exemplares são presos, o escritor paga 300 francos e a editora 100, de multa.

Essa censura se deveu a apenas seis poemas do livro. Baudelaire aceita a sentença e escreveu seis novos poemas "mais belos que os suprimidos", segundo ele.

Mesmo depois disso, Baudelaire tenta ingressar na Academia Francesa. Há divergência, entre os estudiosos, sobre a principal razão pela qual Baudelaire tentou isso. Uns dizem que foi para se reabilitar aos olhos da mãe (que dessa forma lhe daria mais dinheiro), e outros dizem que ele queria se reabilitar com o público em geral, que via suas obras com maus olhos em função das duras críticas que ele recebia da burguesia.

Morre em 1867, em Paris, e seu corpo está sepultado no Cemitério do Montparnasse, em Paris.

Epígrafe (Um Livro Condenado)

Leitor pacífico e bucólico,
Homem de bem, austero e lhano,
Joga fora este saturniano
Livro, orgíaco e melancólico.


Se não herdaste o dom hipnótico
De Satã, o astuto decano,
Irias ler-me por engano,
Ou me terias por neurótico.


Mas se, sem teus olhos piscar,
Do abismo os horrores conheces,
Lê-me afinal que me hás de amar;


Alma curiosa que padeces
E buscas no éden teu abrigo,
Tem dó de mim... Ou te maldigo!

 
Charles Baudelaire

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

E nós, as vítimas...

Não há males que vêm para o bem
Tudo destina-se para o mal.
Já nascemos para morrer
A história foi escrita pelo final.

E nós, as vítimas, daçamos
A dança trágica da vida
Ostentando nossa chagas
Ganha em uma guerra perdida.

E nós, as vítimas, aplaudimos
O mal que nos foi reservado
Sofre, sofrer e sofrer.
Carregamos com prazer o fardo.

E nós, as vítimas, rimos
Da nossa própria penitência.
Como poder explicar
Confiança ou Inocência?

E nós, as vítimas, morremos
Finalmente vencidos pelo sofrimento
Porém, ainda sofrendo,
Rimos até o último momento.



Leylyane Rafaela 

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Terça-feira, 09 de Novembro de 2009

Estão todos irreconhecíveis
Misturados...

Estão todos em cinzas,
Cremados...

Estão todos mortos,
Acabados...


Mossoró/RN, 09 de Novembro de 2009
A. D. Hion John

The Sisters of Mercy -- Lucretia, My Reflection

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Caminhada Mortos-Vivos











São Paulo/SP, 02 de Novembro de 2009


Álvares de Azevedo




Manuel Antônio Álvares de Azevedo (São Paulo, 12 de setembro de 1831 — Rio de Janeiro, 25 de abril de 1852) foi um escritor da segunda geração romântica (Ultra-Romântica, Byroniana ou Mal-do-século), contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro, autor de Noite na Taverna.

Filho de Inácio Manuel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo (1847) para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde desde logo ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.

Durante o curso de Direito, traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849); fez parte da Sociedade Epicureia; iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.

Ao contrário do que a maioria pensa, nunca teve tuberculose. O que deu fim real a sua vida foi um tumor na fossa ilíaca que piorou depois de sua queda de cavalo, aos 20 anos. A sua obra compreende: Poesias diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios (Literatura e civilização em Portugal, Lucano, George Sand, Jacques Rolla), e a sua principal obra Lira dos vinte anos (inicialmente planejada para ser publicada num projeto - As Três Liras - em conjunto com Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães). É patrono da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras.

Atualmente tem suscitado alguns estudos acadêmicos, dos quais sublinham-se "O Belo e o Disforme", de Cilaine Alves Cunha (EDUSP, 2000), e "Entusiasmo indianista e ironia byroniana" (Tese de Doutorado, USP, 2000); "O poeta leitor. Um estudo das epígrafes hugoanas em Álvares de Azevedo", de Maria C. R. Alves (Dissertação de Mestrado, USP, 1999).

Suas principais influências são: Lord Byron, François-René de Chateaubriand, mas principalmente Alfred de Musset.

Um aspecto característico de sua obra e que tem estimulado mais discussão, diz respeito a sua poética, que ele mesmo definiu como uma "binomia", que consiste em aproximar extremos, numa atitude tipicamente romântica. É importante salientar o prefácio à segunda parte da Lira dos Vinte Anos, um dos pontos críticos de sua obra e na qual define toda a sua poética.

É o primeiro a incorporar o cotidiano na poesia no Brasil, com o poemas Ideias íntimas, da segunda parte da Lira.

Segundo alguns pesquisadores, Álvares de Azevedo que teria escolhido o título "As Três Liras", pois havia uma garota - que até hoje ninguém sabe a identidade, muito bem escondida pelo Dr. Jaci Monteiro - que tocava esse instrumento.

Figura na antologia do cancioneiro nacional. E foi muito lido até as duas primeiras décadas do século XX, com constantes reedições de sua poesia e antologias. As últimas encenações de seu drama Macário, foram em 1994 e 2001.

Cronologia

  • 1831, 12 de setembro - Nascido em São Paulo, na esquina da rua da Feira com a rua Cruz Preta, atuais Senador Feijó e Quintino Bocaiuva.
  • 1831 - Transfere-se para o Rio de Janeiro.
  • 1835 - Morre a 26 de junho seu irmão mais novo, Inácio Manuel, em Niterói, deixando o futuro poeta profundamente abalado.
  • 1840 - É matriculado no Colégio Stoll, em Botafogo. Seu desempenho rende elogios do proprietário do colégio, o Dr. Stoll: "Ele reúne, o que é muito raro, a maior inocência de costumes à mais vasta capacidade intelectual que já encontrei na América num menino da sua idade".
  • 1844 - Transfere-se para São Paulo, após estudos de francês, inglês e latim volta para o Rio no fim do ano.
  • 1845 - Matricula-se no 5º ano do internato do Colégio Pedro II, no Rio, onde muito sofreu, devido ao gênio folgazão, que o levava a caricaturar colegas e professores.
  • 1846 - Cursa o 6ª ano no mesmo colégio, tendo como professor Domingos José Gonçalves de Magalhães.
  • 1847 - Recebe, a 5 de dezembro, o grau de bacharel em Letras.
  • 1848 - Ingressa, a 1 de março na Faculdade de Direito de São Paulo, onde conhece, entre outros, José de Alencar e Bernardo Guimarães.
  • 1849 - Matricula-se no 2º ano. Pronuncia um discurso a 11 de agosto, na sessão comemorativa do aniversário da criação dos cursos jurídicos no Brasil. Passa as férias no Rio, com constantes pensamentos de morte.
  • 1850 - Escreve "um romance de 200 e tantas páginas, dois poemas, um em 5 e outro em 2 cantos, ensaios, fragmento de poema em linguagem muito antiga" (hoje perdido). A 9 de maio, profere o discurso inaugural da sociedade "Ensaio Filosófico". De volta a São Paulo, matricula-se no 3º ano. Em setembro, suicida-se, por amor, o quintanista Feliciano Coelho Duarte, o poeta faz, a 12 do mesmo mês, o discurso de adeus.
  • 1851 - Cursa o 4º ano. Em 15 de setembro, morre João Batista da Silva Pereira. Passa as férias em Itaboraí, na fazenda do avô. Pressente a morte e diz que não vai voltar a São Paulo.
  • 1852 - 25 de abril - Após complicações advindas de uma queda de cavalo, falece, às 17 horas no Rio de Janeiro. É enterrado no dia seguinte. Hoje está sepultado no Cemitério São João Batista, jazigo 12A, no Rio de Janeiro.

Obra

  • 1853 - Poesias de Manuel António Álvares de Azevedo, Lira dos Vinte Anos (única obra preparada para publicação pelo autor) e Poesias diversas;
  • 1855 - Obras de Manuel António Álvares de Azevedo, primeira publicação da sua prosa (Noite na Taverna);
  • 1862 - Obras de Manuel António Álvares de Azevedo, 2ª e 3ª edições, primeira aparição do Poema do Frade e 3ª parte da Lira.
  • 1866 - O Conde Lopo, poema inédito.

Merece um destaque especial a "Lira dos Vinte Anos", composta de diversos poemas. A Lira é dividida em três partes, sendo a primeira e a terceira da Face Ariel e a segunda da Face Caliban. A Face Ariel mostra um Álvares de Azevedo ingênuo, casto e inocente. Já a Face Caliban apresenta poemas irônicos e sarcásticos.

Texto retirado da Wikipedia


 

domingo, 1 de novembro de 2009

Na manhã do Sábado

Na manhã do Sábado
Debaixo do céu nublado
O corpo no chão sangra
E A mãe por justiça clama.

Uma criança morta
Em acidente assustador.
A multidão esta a sua volta
Vendo a cena de horror.

Uma mulher que tenta consolar
Uma mãe desesperada
Que não parava de chorar
Vendo morta a filha amada

Olho para a menina
Lembro de como era linda,
Mas a beleza foi acabada
Ela se encontra despedaçada.

Ela não verá o sol nascer
Nem poderá mais sonhar,
Nem voltar para o seu lá,
Só restará ao seu corpo aprodecer.



Messias Targino/RN, 01 de Novembro de 2009.
A. D. Hion John

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Vídeo: Legião Urbana - Clarisse

Clarisse


Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem 14 anos...



Musica do Legião Urbana
Composição: Renato Russo

Se Eu Morresse Amanhã!



Se eu morresse amanhã, viria ao menos 
Fechar meus olhos minha triste irmã; 
Minha mãe de saudades morreria 
Se eu morresse amanhã! 
Quanta glória pressinto em meu futuro! 
Que aurora de porvir e que manhã! 
Eu perdera chorando essas coroas 
Se eu morresse amanhã! 
Que sol! que céu azul! que dove n'alva 
Acorda a natureza mais loucã! 
Não me batera tanto amor no peito 
Se eu morresse amanhã! 
Mas essa dor da vida que devora 
A ânsia de glória, o dolorido afã... 
A dor no peito emudecera ao menos 
Se eu morresse amanhã!


Álvares de Azevedo

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Atriz no Palco

Os versos estão escritos
Na arvore morta
Sem beleza exposta
Em noite de dores e gritos.

A atriz no canto se produz
Nesse noite sem luz
Sem o prazer forte
Que a mesma deviria sentir
Ao representar com a morte.

Será a primeira vez da atriz
Nesse palco infeliz.
Nesse teatro sem espectadores
Com cheiro de flores.

Nesse teatro do submundo
Os versos são mortais
Fazendo os atores desleais
Nesse inferno profundo.

O som do piano de bela harmonia
Com barulho do tormento.
Ela espera a luz do dia
E o sobro do vento
Nesse palco sem vida.





Mossoró/RN, 21 de Outubro de 2009
A. D. Hion John




domingo, 18 de outubro de 2009

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