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terça-feira, 13 de julho de 2010

Palavra perdidas

Em tudo o que olho vejo miséria!
Todos os pensamentos nobres- nenhum me resta!
Algo pode se instalar
Em minha cabeça vazia,
É só tocar uma música tola e esperar.

Os cultos e desejos religiosos
Passeiam pelos templos ignotos,
O incenso sobe pelo vazio
Chegando ao psicológico
Para causar um instantâneo “elevamento”!

O Instinto repele grandes notas,
Desenhando pelo céu uma grande trova,
Depois vamos contemplar
Musas em jardins suspensos
  Que se banham completamente nuas no pensamento! 

E várias melodias vagam turvas
Pelos ermos que se estendem formando curvas,
Basta apenas olhar
Para o firmamento
E observar elas tremendo com o vento!

E pendendo zombeteiras dos galhos das árvores,
Costureiras tolas riem tecendo obscuridades!
O sarcasmo gosta de verdade
Desses fantoches ridículos
Que imitam os que tecem pensamentos!

Com muita pressa o tempo corre desvairado,
A consumir o que sobrou de aproveitável,
Deixando no lugar
Uma cultura ridícula
Para o homem lentamente mastigar!

Luiz Carlos de Almeida

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