Pesquisar

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sangue Morto - Capítulo Um

_O que foi?

_Nada.

_Nada! Parece que esta com medo?

_Não vou negar! Estou sim... - disse com a cabeça alevantada, tentado se impor.

_Eu também estou, mas não penso em abandonar. E não quero que meus olhos vejam esse infeliz amanhã, quero que ele vá para os quintos dos infernos.

_Eu também!

_Então, o que esta esperando, essa é a nossa grande chance, não teremos mais outra logo, vai dar tudo certo, pode confiar em mim. Não tem ninguém por perto, não seremos visto por ninguém, vai dar tudo certo, ninguém suspeitará de nós. A manhã será o enterro do “filho da Mãe”. 

_Eu sei! E é o que eu quero!

_Não tenha medo...

Passaram alguns minutos, à noite esta fria, não se sentia a presença de outras pessoas próximas da casa de onde eles estavam, não existia outra oportunidade melhor de que aquela, era tudo que eles queriam para realizar tal ato sem que ninguém suspeitasse, acreditavam que não foram visto por ninguém durante a trajetória que eles realizaram para cegarem a casa...

_Eu vou agora.

_Tenha cuidado!

_Vai dar tudo certo.

_Estou com medo.

Ele olha para ela, se aproxima e a beija na testa. 

_Eu sei que você esta com medo, mas tenha calma, vai dar tudo certo. Vou pular, me deseje sorte.

_Eu lhe desejo muita sorte.

_Que os seus Deuses estejam comigo.

_Que os Deuses estejam conosco, hoje e sempre, que eles nos protejam, que tudo ocorra na minha, na nossa, na paz dos Deuses sem que os Anjos chorem e os olhos negos sintam a dor que a felicidade pode provocar-nos e que todos sintam invejam de mim. 

Ele olhou novamente para ela e lembro de uma vez que ela lhe pedia para fazer uma oração, poderia ser a mais simples que ele soube-se, qualquer que viesse a sua cabeça naquele momento, mas que fosse cheia de puro desejo e que tivesse um sabor ou sensação de pecado contra o Deus dos cristãos. Ele disse que aquilo era sem lógica, não fazia sentido naquele momento o que ela acabava de lhe pedir – Caso você venha me dar um bom motivo eu faço essa oração que você deseja.

_Você não ora?

_Oro sim!

_Então ore agora!

_Não vejo nenhum motivo para orar, sem fala que agora eu não quero, sendo assim, não vou orar só por que você quer.

_Não vejo nenhum motivo de ruim em orar, o que tem de mal nisso? 

_Você se acha engraçada não é?

_Por que não?

_Engraçadinha!

_Por que, só porque você não que orar? Ai eu sou engraçadinha.

_Eu não tinha percebido, mas eu sei o que vou fazer.

_Não entedie, o que você percebeu?

_Que você se acha, como você é prepotente.

_A ta!

_È serio, você parece que faz isso para me testar e demonstrar que você é superior a mim e às outras pessoas.

_Se eu fosse superior a você e as outras pessoas, pode ter certeza de que eu não pisaria no chão e não estaria aqui ao lado de um covarde que tem medo do próprio Deus, um Deus que você nem mesmo sabe que ele existe.

_Hanran! Conta outra piadinha!

_Tá bom, me prove a existência do seu Deus, se é que você é capaz de tal feito.

_Olhe a sua volta, isso não é tão perfeito para ser feito apenas de uma explosão maluca.

_O que mais, meu anjo...

_Os milagres que acontece todos os dias, ai pelo mundo afora.

_Você já viu um acontecer?

_Não, mas ouvi alguém dizendo que viu um milagre.

_Depois você diz que eu sou engraçadinha!

_Ta bom, eu desisto. Vamos mudar de assunto.

_Mais antes eu quero orar.

_Então ore sozinha.

_Você vai ouvi o que eu vou orar?

_Depende, se você orar de tal forma que ou escute, com certeza.

Ela joelhou-se de frente para ele, abaixando a sua cabeça, deixou os seus longos cabelos negros caído sobre os seus seios. Ele somente observava aquela sena. Ainda poderia ver os olhos castanhos dela.

_Então escute: Que os Deuses e as Deusas, tornem todos os meus desejos em pura realidade, dando a paz, amor, luz, sabedoria, lealdade dos meus servos – disse isso olhando para ele – proteção eterna, que eu não caia no mundo das trevas e nem que eu me torne uma simples mortal, que seja sempre um ser de luz, paz, amor e sabedoria. Quero que o tempo venha a me obedecer, que cada instante da minha doce vida dure para sempre, sendo a minha historia clara e perfeita como as de todos os Deuses, mesmo eu sendo um ser inferior. 

Que seja feita a minha vontade...

Ela se levantou e olhando para ele disse:

_Desculpa, esqueci de orar por você, me perdoa?

_Você não tomou seu remédio hoje, não foi?

Ela se aproximou dele olhando para seus olhos, sem mesmo pisca, ele ficou parado sem entender o motivo do porque ela se aproximasse daquele jeito, pelo um momento ele achou que ela fosse beijá-lo, ela se aproximou e sorriu para ele, se virando logo em seguida e saído sem dizer nada. 




_Espere!

_O que foi?

_Eu ouvi algo, é na casa dele.

_Vamos vê!

Eles caminharam até uma janela que deva para vê a parte interna da casa vizinha, olharam e viram o que eles não desejavam que os seus olhos presenciassem, era Miguel, o vizinho. 

 _Você não tinha falado que ele tinha ido beber e só chegaria de madrugada?

_Foi o que eu pensei.

_Por sorte que nós não estávamos lá quando ele chegou, já pensou se ele nos pegar lá dentro da casa, com certeza ele iria achar que estava assaltando a sua casa.

Com um sorriso no rosto e apontando em direção ao vizinho, ela diz:

_Veja, ele esta muito bêbado, mal consegue andar direito.

_Sim, e daí?

_É nossa chance.

_Você não está querendo que eu entre lá e mate ele a paulada, está?

_Não, melhor. Eu vou deixar o veneno pela porta da frente.

_Como é?

_Eu faço de conta que eu estou preocupada com ele. Vou ajudá-lo, ai ponho nosso plano em ação, ele não saberá de nada. 

_É sem lógica, você que ser estuprada por ele novamente?

_Então! Você vem comigo?

Eles escutam um som vindo da casa do vizinho, parecia de um copo de vidro se despedaçando do chão.

Eles saíram em direção à casa do vizinho, ao lado de fora olharam para todas as direções para vê se tinha algum por perto que podesse vê-los naquele instante onde eles estavam prestes a cometer um crime que nunca iria sair da memória de suas vidas.

Foram até aporta do vizinho, estava entreaberta, olharam para dentro e não viram Miguel – ele deve está na cozinha – disse ela. Havia-se muito medo nos olhos deles, estavam muitos tensos, sentia as batidas do coração cada vez mais forte e mais rápida, as mão dela tremiam como nunca.

_Vamos entrar – Disse ela.

Eles entraram na casa e foram em direção à cozinha, tinha muitos cacos de vidros espalhados pelo chão verde do piso, principalmente próximo a geladeira. Perceberam que Miguel estava no banheiro, tiraram todas as garrafas da geladeira de deixaram apenas uma contendo água, as outras eles derramaram. Ela colocou veneno na garrafa com água e em seguida colocou novamente na geladeira.

Miguel saiu do Banheiro e vi os dois na cozinha.

_O que é que vocês querem aqui?

_Viemos saber o que tinha acontecido - disse ele.

_O que é que você esta olhando sua vadia? Que levar madeira novamente?

Ela sentiu o ódio correr nas suas veias, lembrou do dia que ele tinha lhe violentado e em seguida estuprada, teve vontade de matá-lo com suas próprias mãos, deu um passo para frente e chamou seu amigo para ir embora, engolindo por algum instante sua raiva, tentando pensar apenas na razão.

_Vamos parece que esse vagabundo está bem.

_É, eu estou muito bem sua vadia. Vão embora da minha casa agora.

Eles saíram sem dizem mais nada, foram para a janela de onde eles poderiam vê um pouco que Miguel estava fazendo e se plano deles iria dar certo. 

Miguel foi até a sua velha geladeira de cor azul, ele tinha comprado ela de um velho amigo dele que morreu poucos dias depois de ter vendido a geladeira. Miguel tinha a mania de chamar a geladeira pelo nome do falecido, sempre que estava sozinho e ia pegar algo nela, citava o nome do mesmo, ele gostava muito do amigo, era um de infância, que nunca deixou na mão, estava sempre próximo, não ligava muito para os que as pessoas diziam sobre Miguel. Muitos eram os que tinham raiva de Miguel, era uma pessoa muito problemática, estava com seus 50 anos de idade, casando-se uma única vez, quando tinha os seus 29 anos de idade, sua esposa era mais nova do que ele 4 anos, tinha uma beleza admirada por muitos até os dias de hoje, o deixou depois de certa vez que ele chegou bêbado batendo nela e a estuprou logo depois, fazia apenas 3 anos de casados. Teve uma filha, ela estava apenas com 1 ano quando seus pais se separaram, essa que cresceu e de certa forma cuidava do Miguel, mesmo muitas vezes distante.

Miguel sentia cede, estava desidratado, abriu a geladeira e murmurou:

_Que vadia filha da Puta!

Pegou a garrafa, procurou um copo, mas não viu nenhum, olhou para o chão e vi os cacos de vidros, lembrou que ele tinha quebrado um copo logo quando chegou, os vidros estavam espalhados, mas bem próximo dele. Em seguida ele tomou a água...


(...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails