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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Guerreiros do ócio

O meu quarto escuro em dias ensolarados
Guarda segredos do mundo interior,
Segredos de guerreiros preguiçosos
Que o ócio possuiu por mal!
Os momentos de batalhas esquecidas
Na cama desolada, onde vítimas descansam
Por não terem como abrandarem o sofrimento
E as cinzas que o mundo lhes lança,
É o leito do desprezo, do tormento,
Do desejo, já esquecido, por não terem esperança
De conseguirem o elixir nos seios de uma dama.
Todos sofrem sem poder se mexer,
Têm fome e sede, mas não podem satisfazer,
São torturados sem poderem reivindicar,
São os guerreiros do ócio que habitam o meu ser!

Luíz Carlos de Almeida

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