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quinta-feira, 18 de março de 2010

Misérias

Alma que sangra em triste outono
Declarando amor á escuridão
Triste naufrago tão saudoso
De sua terra entoando uma canção

Flor de inverno que brota em sangue
Cobrindo o tumulo do vampiro solitário
O pranto caindo sem cessar com a chuva
Molhando um cadáver frio no mortuário

Tantas misérias possui uma alma
Refletindo á noite nas sombras da lua
Feridas, espinhos que na memória guarda
Mostrando crueldade quando se acha nua

Em trapos se arrasta nas sombras a fora
Lacrimosa criatura em busca de mentiras
Pobre monstro infernal almejando paraíso
Fere a todos, fere a si, grita,morre, chora!

Katrina De Salem

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