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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Vídeo: Legião Urbana - Clarisse

Clarisse


Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem 14 anos...



Musica do Legião Urbana
Composição: Renato Russo

Se Eu Morresse Amanhã!



Se eu morresse amanhã, viria ao menos 
Fechar meus olhos minha triste irmã; 
Minha mãe de saudades morreria 
Se eu morresse amanhã! 
Quanta glória pressinto em meu futuro! 
Que aurora de porvir e que manhã! 
Eu perdera chorando essas coroas 
Se eu morresse amanhã! 
Que sol! que céu azul! que dove n'alva 
Acorda a natureza mais loucã! 
Não me batera tanto amor no peito 
Se eu morresse amanhã! 
Mas essa dor da vida que devora 
A ânsia de glória, o dolorido afã... 
A dor no peito emudecera ao menos 
Se eu morresse amanhã!


Álvares de Azevedo

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Atriz no Palco

Os versos estão escritos
Na arvore morta
Sem beleza exposta
Em noite de dores e gritos.

A atriz no canto se produz
Nesse noite sem luz
Sem o prazer forte
Que a mesma deviria sentir
Ao representar com a morte.

Será a primeira vez da atriz
Nesse palco infeliz.
Nesse teatro sem espectadores
Com cheiro de flores.

Nesse teatro do submundo
Os versos são mortais
Fazendo os atores desleais
Nesse inferno profundo.

O som do piano de bela harmonia
Com barulho do tormento.
Ela espera a luz do dia
E o sobro do vento
Nesse palco sem vida.





Mossoró/RN, 21 de Outubro de 2009
A. D. Hion John




domingo, 18 de outubro de 2009

sábado, 17 de outubro de 2009

Flechas que Matam

Um...
Vejo uma flecha vindo em minha direção 
Cortando o ar na minha frente 
Com uma ponta preta e quente 
Para atingir o meu coração. 


Dois... 
A flecha atingi o meu coração 
Sinto a dor que me leva a morte 
Sobre o caminho previsto pela sorte 
Aos olhos da minha ilusão. 


Três... 
Levanto a cabeça e olho para você 
Esta bem próxima de mim 
Querendo o meu fim 
Almejando a minha força e meu poder. 


Quatro... 
Tento me aproximar 
Vejo mais uma flecha apontada 
Você não diz nada. 
Não tenho mais força para nada. 


Cinco... 
Sem força para nada 
Olho para as lindas rosas vermelhas 
Que estão na minha mão esquerda 
E lhe falo: São para você... 



Mossoró/RN, 06 de Maio de 2007. 
A. D. Hion.




O Corvo - Versão os Simpsons

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Corvo



Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."


Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará jamais.


E o rumor triste, vago, brando,
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto e: "Com efeito
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."


Minhalma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós - ou senhor ou senhora -
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse: a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta:
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais. 

Entro co'a alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais tarde; eu, voltando-me a ela:
Seguramente, há na janela
Alguma coisa que sussurra. Abramos.
Ela, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso.
Obra do vento e nada mais."

Abro a janela e, de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre Corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto
Movendo no ar as suas negras alas.
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo - o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "Ó tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais:
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta,
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é o seu nome: "Nunca mais."

No entanto, o Corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o Corvo disse: "Nunca mais."

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais."

Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao Corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera.
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais."

Assim, posto, devaneando,
Meditando, conjecturando,
Não lhe falava mais; mas se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava,
Conjecturando fui, tranqüilo, a gosto,
Com a cabeça no macio encosto,
Onde os raios da lâmpada caiam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso.
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: "Existe acaso um bálsamo no mundo?
"E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No Éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais.
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!"
E o Corvo disse: "Nunca mais." 

"Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa!, clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fica no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua,
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o Corvo disse: "Nunca mais."

E o Corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!


Allan Poe
(Tradução de Machado de Assis)

sábado, 3 de outubro de 2009

Alice



Seu corpo foi enterrado
E há muito tempo acabado.
Seu túmulo esta intacto,
Não se tornou um Anjo Alado.


Ouço o som da sua voz que canta
Dela que não mais me espanta.
Logo bem próximo de mim,
Cantando cantos sem fim.


A vejo sentada,
Morta aos nove anos,
Não são lembranças de Alice
A menina de olhos tristes...


Por que vejo Alice?
de vestido branco,
Sentada no banco.
A menina de olhos tristes...


A menina sem vida,
Mas nunca esquecida.
A menina que era magra
Que agora está enterrada.


Todos choraram na morte
Da pequena doce Alice.
Tudo por falta de sorte
E ato de uma tolice.


Ela não respira mais.
Não sei por que aqui está
Nem o dia que isso vai acabar
E só então, ela descansar em paz.




Mossoró/RN, 17 de Agosto de 2007.
A. D. Hion

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Corvo




Sinopse:

Um ano após ter sido assassinado juntamente com sua noiva por uma gangue, Eric Draven (Brandon Lee), um músico de rock, retorna da sepultura com a ajuda de um misterioso corvo, com a intenção de se vingar de seus assassinos.

título original: The Crow
gênero: Suspense
duração: 01 hs 39 min
ano de lançamento: 1994


Trailer:





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Legenda

Servidor: MegaUpload
Tamanho dos arquivos (1 a 7): 90MB
Tamanho do arquivo 8: 58MB
Tamanho total: 688MB
Áudio: Inglês
Codec: DivX

O Corvo - A cidade dos Anjos




Sinopse: 

Ashe Corven é assassinado juntamente com o seu filho Danny, por assistir a uma execução por parte de um bando de traficantes de droga chefiados por Judah, um vilão meio-Zen, meio-satânico. Os elementos mais activos no assassinato de Corven e do filho foram Curve (Iggy Pop) e Kali.

Sarah é tatuadora, uma profissão bem adequada ao cenário trash pós-apocalíptico da Los Angeles do filme. É quando em meio à sua cruzada decide protegê-la. Agora o Corvo busca vingança, porque enquanto não estiverem mortos todos os envolvidos ele não descansará.




Título original:  The Crow: City of Angels
Duração: 84 minutos (1 hora e 24 minutos)
Gênero: Suspense
Direção: Tim Pope
Ano: 1996



Trailer:





Download:


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Servidor: Megaupload
Tamanho dos arquivos (1 a 7): 90MB
Tamanho do arquivo 8: 54MB
Tamanho total: 684MB
Áudio: Inglês
Codec: XviD
Legenda: PT-BR, incluída no .rar


O Corvo 3 - A Salvação




SINOPSE

Alex Corvis (Eric Mabius) é um jovem injustamente condenado à cadeira elétrica pelo brutal assassinato de Lauren (Jody Lyn O´Keefe), sua namorada. Misteriosamente, na mesma noite de sua execução, testemunhas do caso começam a morrer. Pelo poder mágico do corvo, Corvis retornou do mundo dos mortos para vingar a morte de Lauren e limpar seu nome. Agora como um morto-vivo, dono de superpoderes e com a ajuda de Erin (Kirsten Dunst), a irmã de Lauren, inicia sua violenta e vingativa perseguição aos verdadeiros assassinos e mergulha em um sinistro labirinto de conspiração e corrupção, prostituição e morte que controla o coração do violento e perigoso submundo da cidade.


Título: O Corvo 3 - A Salvação
Gênero: Crime, Drama, Fantasia, mais...
Duração: 102 min.
Tipo: Longa-metragem




Traile:




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Tamanho dos arquivos (1 a 7): 90MB
Tamanho do arquivo 8: 63MB
Tamanho total: 693MB
Áudio: Inglês
Codec: XviD
Legenda: PT-BR, incluída no .rar


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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

(Demônios)



Quero poder respirar,
Mas aqui não há ar.
Aqui está queimando
E demônios falando.

Eu matei Deus
E vim para o Inferno
Nessa prisão me tornei eterno
Aqui como eu a vários ateus.

Fui trazido por Anjos Alados
Preso por correntes
Sem cor, sem vida, transparentes
Com os meus braços cruzados.

Aqui eu sou superior,
Posso mandar o fogo lhe queimar.
Sei tudo o que preciso para reinar,
Aqui não sinto Amor.

Matei Deus pelas costas
Não importas mais as datas.
Aqui eu estou,
Aqui, Demônio eu sou.


Mossoró/RN, 27 de Março de 2007.
A. D. Hion John.

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